11 de dez. de 2013

Peixe-mandarim no Steinhart Aquariumpeixe-mandarimO peixe-mandarim (Synchiropus esplendidez) é um peixe perciforme de água salgadaadaptado ao clima tropical que mede de 6 a 10 centímetros de comprimento. Vive escondido em fendas nos recifes de coral e alimenta-se de pequenos animais marinhos que passam próximos ao seu esconderijo. Também é encontrado, com menos frequência, em águas rasas protegidas, como lagoas costeiras e pequenas baías. Por precisar de muitos nutrientes diferentes, às vezes o peixe-mandarim também come pequenas quantidades de algas e outros flocos que possam lhe servir de alimento.

O peixe-mandarim é um peixe exuberante e tímido e por isso é muito usado em aquárioscomo animal de estimação. Possui cores fortes, brilhantes e desenhos organizados agressivamente em sua pele. Essa característica é, de fato, um mecanismo de defesa contra predadores, indicando que a carne do peixe-mandarim tem gosto ruim, já que seu corpo produz um muco viscoso de gosto e cheiro horríveis.
A pele do peixe-mandarim não possuiescamas, por esse motivo ela é necessariamente muito grossa, a fim de proteger o peixe das pontas agudas presentes nos recifes de coral. Os olhos por sua vez são projetados para fora como grandes saliências, permitindo que o peixe-mandarim enxergue a sua volta. Os olhos também não possuempálpebras, nem canais lacrimais, sendo aágua do mar responsável pela limpeza dos mesmos.
visão do peixe-mandarim é bem desenvolvida, acima da média dos outros peixes, sendo que seus olhos são capazes de identificar até as cores do ambiente. Ao menor sinal de perigo, o peixe-mandarim eriça os longos espinhos das costas fazendo-o parecer maior do que realmente é.
O nome do peixe-mandarim vem das cores e desenhos do seu corpo que parecem muito com as roupas de seda usadas pelosmandarins na antiga China. Esta espécie de peixe é mais comumente encontrada no Oceano Pacífico, mas também pode ser encontrado no Oceano Índico e no Caribe.
Quando criado em aquário ou em cativeiro, o peixe-mandarim deve conviver somente com indivíduos da mesma espécie pois pode ser agressivo com indivíduos de espécies diferentes. Além disso a reprodução em cativeiro é muito difícil de ser alcançada e a alimentação a partir de produtos industrializados não é aceita pelo peixe se o ambiente do aquário não estiver nas condições ideais.
O que difere os machos das fêmeas de peixe-mandarim é que os machos são tipicamente maiores e apresentam extensões nasnadadeiras dorsal e anal. Também é mais comum os machos possuírem cores mais bem distribuídas e brilhantes que as fêmeas, embora isso nem sempre aconteça.
temperatura ideal da água de um aquário para um peixe-mandarim é de 25 °C com pH em torno de 8,2.
Quando o macho de peixe-mandarim quer se acasalar, algo que geralmente acontece ao entardecer, ele levanta sua nadadeira dorsal e nada em volta de sua companheira, aproxima-se dela e agarra sua nadadeira peitoral com a boca. Os dois ficam nadando ligados até alcançarem a superfície, onde soltam-se e expelem o esperma e os óvulos que se unem para formar os ovos.
Os pais cuidam dos ovos, que ficam boiando na superfície, protegendo-os de possíveis predadores e de outros perigos do meio. Depois que nascem, os filhotes de peixe-mandarim se alimentam de zooplâncton e fitoplâncton até alcançarem tamanho suficiente para comer animais maiores.

10 de dez. de 2013

RATO-CANGURU

 O rato-canguru é um pequeno roedor que vive no deserto. Durante o dia, esconde-se em tocas profundas e relativamente frias, saindo apenas à noite em busca do alimento. As fezes desse rato são relativamente secas e seus rins produzem uma urina muito concentrada, com pouca água. Não possuem glândulas sudoríparas e, portanto, não suam. 

Nos desertos, o dia costuma ser muito quente e a disponibilidade de água é pequena. Escondendo-se de dia em tocas frias e perdendo pouca água através de fezes secas e de urina concentrada, além de não suar, o rato-canguru consegue viver e se reproduzir no deserto. Diz-se, então, que ele está adaptado às condições desérticas, isto é, possui uma série de características que contribuem para a sua sobrevivência e reprodução naquele ambiente. 
Da mesma maneira, as raposas do Ártico estão adaptadas para viver naquele ambiente, onde o frio é muito intenso. Entre outras características, esses animais possuem muitos pêlos longos e lanosos e uma grossa camada de gordura sob a pele. Esses pêlos e a camada gordurosa dificultam muito as perdas de calor para o meio, contribuindo para a manutenção de temperatura do corpo. 
Mas ratos-cangurus provavelmente não sobreviveriam no Ártico, nem raposas-árticas no deserto. Na natureza, s seres vivos estão adaptados ao ambiente em que vivem. Num outro ambiente ou quando o ambiente em que vivem muda, as mesmas características que lhe eram favoráveis podem se mostrar inúteis e até mesmo prejudiciais.

coruja-das-neves







A coruja-das-neves ou coruja-do-ártico (Bubo scandiacus1 ) é uma espécie de ave estrigiforme pertencente à família Strigidae.

Através da análise da seqüência do DNA mitocondrial do citocromo b, descobriu-se que esta espécie possui proximidade genética com as corujas pertencentes ao género Bubo (Olsen et al., 2002)

Descrição[editar | editar código-fonte]

A coruja-das-neves mede entre 53 e 65 cm de comprimento, com uma envergadura entre 1,25 e 1,50 m. Podem pesar de 1,8 até 3 kg. Apresenta dimorfismo sexual: o macho adulto é virtualmente branco puro, enquanto a plumagem das fêmeas é ligeiramente mais escura, o que lhe garante uma melhor camuflagem quando se encontra no solo fazendo o ninho. Os imaturos possuem manchas negras no abdome. As crias eclodem cobertas de uma penugem branca, que, após dez dias, escurece para um cinza que fornece melhor camuflagem. O bico da coruja-das-neves, grande e afiado, é preto e é parcialmente escondido na penugem, possuindo uma forma arredondada. A íris é amarela. As asas grandes e largas permitem à coruja-do-ártico voar rente ao solo ou acelerar em perseguição das presas. As garras compridas e curvas permitem-na capturar e matar as presas. A plumagem densa que cobre as patas protege contra o frio.

Habitat e distribuição[editar | editar código-fonte]

Encontrada exclusivamente na tundra, habita regiões geladas como a parte norte dos Estados UnidosCanadáAlasca, norte da Eurásia, além de regiões do Ártico. No inverno, migram longas distâncias para sul.
Sua localização máxima registrada ao sul compreende TexasGeorgia, a porção americana do Golfo do México, sul da Rússia, norte da China e até mesmo o Caribe.

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Ao contrário dos seus parentes noctívagos, a coruja-do-ártico caça quer de dia, quer de noite, uma vez que, no verão ártico, é quase sempre dia. Os ouvidos da coruja, escondidos debaixo de uma plumagem intensa, permite-lhe até ouvir pequenos mamíferos debaixo da neve. A coruja-do-ártico faz então um vôo rasante e captura a presa com as garras afiadas. As presas menores, como os leminguescoelhos e outras aves, são mortas com um único golpe. Eventualmente pode-se observar uma coruja-das-neves se alimentando de peixes.
A coruja-do-ártico também se alimenta de carniça. Quando as populações de lemingues diminuem, as corujas-do-ártico migram em massa.

Comportamento[editar | editar código-fonte]

A coruja-do-ártico é uma ave solitária, silenciosa e tímida. Mas, na primavera, cada par que acasala reclama para si um território de caça por meio de guinchos que podem ser ouvidos até 10 km de distância. Durante a época de acasalamento, esta coruja torna-se agressiva quando se sente ameaçada, apesar de ao início as fêmeas poderem simular um ferimento. Na estação quente, a coruja regula a temperatura estendendo e batendo as asas. Estas aves pousam freqüentemente sobre as elevações, com os olhos semicerrados, mas sempre alertas a qualquer ruído.

Reprodução[editar | editar código-fonte]

A corte nupcial começa nos princípios de maio; o macho efetua vôos de exibição; freqüentemente, oferece à fêmea um lemingue morto. Em vez de construir um ninho, a fêmea escava um buraco em um morro. O ciclo de procriação está ligado à dimensão da população de lemingues, sua principal presa. Os ovos são postos um a um, com vários dias de intervalo, com a última postura a ter lugar apenas alguns dias antes do primeiro ovo eclodir. A primeira cria a nascer é alimentada em primeiro lugar, podendo por isso crescer e ver seu futuro garantido. As outras crias são alimentadas consoante as disponibilidades de alimento. As crias estão aptas a voar cerca de 50 dias depois de eclodirem, aprendendo a caçar logo em seguida. Vive em média 9 anos.

9 de dez. de 2013

tigre-maltes


O termo tigre azul ou tigre maltês faz referência a uma possível mutação genética na cor da pelagem que poderiam ter alguns raros tigres, os quais teriam sido "vistos" na província chinesa de Fujian. Considera-se que tais animais teriam um pelo azulado com listras num tom cinza escuro. A denominação Maltês vem da terminologia usada para se referir a alguns gatos domésticos que apresentam pelagem em tom cinza azulado, os quais existem em quantidade significativa na ilha de Malta. O termo foi assim aplicado aos tigres em questão, embora esses não tenham nenhuma relação com tal ilha.                                                                          


A maioria dos registros de visualizações de tigres azuis se originaram no sul da China, e tais registros se referiam à subespécie particular que habitava a região, o "panthera tigris amoyensis" ou de Amoy Xiamen. A situação dessa subespécie de tigre é muito crítica, a ponto de ser considerada como extinta na natureza. Os exemplares que hoje sobrevivem em cativeiro, a maioria em Zoológicos da China, descende de somente 6 animais capturados na natureza, o que mostra quão difícil é a recuperação da espécie. Laboratórios da China já começaram a preservar células dos poucos exemplares da subespécie, visando evitar seu desaparecimento completo. Devido a isso, é muito provável que o gene recessivo que causaria a cor azulada já esteja totalmente extinto nessa subespécie do sul da China. Algumas visualizações registradas de tigres azuis ocorreram na Coreia, onde vive o "panthera tigris altaica", tigre-de-amur.


VisualizaçõesPor volta da década de 1910, Harry Caldwell, um missionário americano e também caçador profissional, divisou e perseguiu um tigre azul nos arredores de Fuzhou. Sua busca está apresentada na forma de crônica no seu livro "Tigre Azul" (Blue Tiger) de 1924 e também pelo livro de Roy Chapman Andrews (companheiro de caça de Caldwell), Campos e Caminhos da China (Camps & Trails in China) de 1925. Nessa obra, Chapman cita a Caldwell como segue:

“As marcas da besta eram surpreendentemente formosos, a cor da pelagem era como uma fina sombra azulada que se mudava em azul claro no abdómen. As listras eram bem definidas como nos tigres alaranjados comuns.”
Um relatório mais recente sobre visão de tigre azul foi feito pelo filho de um soldado norte-americano que serviu durante a Guerra da Coreia, o qual afirmou que seu pai viu um tigre azul nas montanhas, onde fica hoje a Zona desmilitarizada. Houve registros de tigres azuis na Birmânia.
Já o tigre negro considerado por muitos anos como um mito, existiu realmente e algumas peles provam a existência de tigres pseudo-melanísticos oe hipermelanísticos. Não eram real e totalmente negros, mas apresentam raias densas e largas que escurecem quase totalmente o fundo alaranjado dos tigres comuns.

Genética

Em confirmação à teoria dos tigres azuis, os gatos malteses ou azulados existem em realidade, como a espécie doméstica Azul russo. Já foi registrada também a presença de linces azuis, como o que se manifesta a existência de mutações e combinações genéticas que resultam em cor azulada ou, ao menos, num tom que dá uma impressão de cinza-azulado. Alguns estudiosos da matéria sugeriram que essa coloração extraordinária se deve a uma conjunção de dois pares paralelos de alelos recessivos, os quais ao se combinarem poderiam resultar numa cor azul-cinza bem sólida como a que se encontra em algumas espécies de gatos. Isso, porém, não produziria o tipo listrado reportados nas visualizações desses tigre, já que esses animais possuíam listras muito pálidas, quase invisíveis.
A maioria dos tigres combinam alelos nas diferentes porções de suas pelagens, criando o tão conhecido padrão alaranjado e negro, mas há ocasiões em que a falta de melanina gera os tigres brancos. Para o surgimento de tigres como os azuis aqui descritos, provavelmente seria necessária a conjunção da supressão da feomelanina (com isso o tom azulado substituiria o alaranjado) sem que se eliminasse o gene causador da coloração das listras escuras. Como isso, talvez ocorresse também um hipermelanismo, causando a cor muito branca do abdómen e no peito da criatura dos relatos de Caldwell. Efetivamente, um genótipo como o descrito é conhecido por sua presenças em guepardos, com exemplares de uma de coloração azulada com padrão de marcas negras visíveis, o que, com a adição de fatores como condições de iluminação do local, poderia produzir a similaridade com o exemplar descrito por Caldwell.
Uma variante da ação do alelo do inibidor da cor das Chinchilas, que normalmente produz Tigres Brancos, é também possível. Essa variação produziria um efeito de "neblina" sobre toda a superfície do corpo, a qual combinada com a supressão da pheomelanina, produziria o animal branco com padrão de listras cinza claro. Há espécimes assim entre os Guepardos.

Possível distribuição

Em uma população isolada e pequena de indivíduos, o contínuo incesto entre seus membros podería implicar em mutações, algumas não prejudiciais, como a mudança de coloração. No entanto, se a nova cor do indivíduo afetado lhe desse reais vantagens sobre os demais, como lhe prover melhor camuflagem, esse mutante competiria em melhores condições com os outros e teria possivelmente mais descendentes portando esses genes. Isso, é claro, iria ocorrer mais facilmente numa população pequena e isolada.

Porte

Machos: 308 Ib ou 140 kg, 260 cm comprim., presas de 60 mm
Fêmeas: 264 Ib ou 120 kg, 210 cm comprim., presas 50 a 55 mm